Estava num canto. Sentada no chão. Sozinha. Sem nada para fazer.
Um olhar rápido vira-se atracção. Vejo um rapaz alto, magro. Muito branquinho. De cara muito bonita. Caracóis cor-de-avelã. Olhos azuis como o céu.
Obviamente não olhou para mim, nem reparou que lá estava. Mas eu olhava-o com grande admiração. Parecia mais um anjo do que um rapaz.
Aparece, ofegante, uma rapariga. De corpo perfeitinho e cara bonita. Loira e com o cabelo aos canudos. Com os olhos cor-de-mel.
A rapariga chama o rapaz e leva-o consigo.
Voltei a estar sentada no chão, a um canto. Sozinha como sempre estive. Mas com algo para fazer: reflectir.
Sobre o quê? Sobre que afinal sou mais insignificante e inútil do que realmente imaginava.
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