segunda-feira, 28 de maio de 2012

VERME (creep)

   Sou um verme, um bicho, um desconhecido. Todos me odeiam. Todos me desprezam. Todos me julgam sem realmente me conhecerem.
   Posso ser lindo, uma pessoa formidável. Mas como todos me dizem que sou feio, horroroso, uma pessoa má, que sou estúpido, ignorante, traidor. Posso ser lindo, de cara angelical, cabelos loiros loiros e azuis. Mas todos me dizem que sou um qualquer, mal vestido, porco, despreocupado. Posso até ser alto, bem constituído, sentir-me bem com o meu próprio corpo. Mas todos dizem que sou gordo, balofo, uma baleia assassina ou um  texugo.
   Conheci-te, achei-te fantástica, linda, perfeita. Eras-me especial. Tão, tão especial. Mas rapidamente me mandaste para fora da tua vida. É que o problema não era só tu que me eras especial. Eu contigo sentia-me especial. Tu fazias-me especial.
   Sou qualquer um. Um verme andante. Um cabrão amante. Um mero insignificante.
   Porque fiquei eu com este fim? Porque é que fui eu o azarado? Porque não sou eu o amado? Porque sou eu o gozado, o desprezado? Mas que raio estou eu neste mundo a fazer?
   Deus, por favor, responde.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

RAPAZ, EU PRECISO DE TI (boy, i need you)

Rapaz, eu preciso de ti.
Duma maneira que não consegues imaginar.
Numa meta impossível de alcançar.

Foste querido, simpático,
Como nunca ninguém foi para mim.
Nem aqui, na Terra,
Nem em nenhum outro sitio galáctico.

Contigo já sonhei.
Em ti já pensei.
A ti já rezei.
Por ti, já pequei.

Reparei que tínhamos muita coisa em comum.
Por isso, descobri muitas coisas que não sabia sobre mim.
Devo a ti a grande descoberta,
E para ti estarei sempre aberta.

São estas e outras razões
Pelas quais me fizeste feliz.
Se um coração tem um  petiz,
Um homem tem dois corações.

Com isto quero dizer,
Que realmente te amo.
Contigo já estava destinada nascer
E sem ti hei-de morrer.

Tudo isto porque:
me trocaste por outra.
Não me fales, não quero saber mais.
Isto para mim já são riscos fatais!

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Olhos Verdes

Não sei como, nem porquê,
Mas apaixonei-me pelos teus olhos.
E esses teus olhos,
Deixam-me com os nervos à mercê.

São verdes,
Cor de esmeralda.
Espero que sejam esses olhos
Com quem vou partilhar a minha grinalda.

Verdes, lindos, perfeitos.
Mesmo feitos p'ra mim.
Mas meus não serão. É assim!

Dono de esses olhos não irei relevar,
Pois essa é a pessoa que irei sempre amar.
E os seu caracóis cor de fogo me irão sempre odiar.

sábado, 12 de maio de 2012

Força

Podes ter o melhor de mim.
Podes me ter tido na noite passada.
Mas para dizer a verdade, quero o fim,
Já estou a ficar cansada.

Se coisa por ti não fui, foi amada,
E já estou farta de ser negada.
Não sei o que psicologicamente te faz forte,
Mas entre nós os dois já só existe morte.

Que estás bem forte, estás,
Provavelmente possuído por Satanás.
Continuas um mentiroso,

E sobretudo um orgulhoso.
Odiei acima de tudo ser "encornada"
Do que realmente amada.

Livros...

Um livro andava eu a escolher
E uma voz veio ao ouvido me dizer,
Que havia um livro bom de se ler
E que eu o devia escolher.

Para o lado olhei,
E numa bonita cara reparei.
Uma alma generosa
Numa cara formosa.

Feições lindas de morrer,
Rastas maravilhosas de se mexer.
Olhos verdes que fazem o corpo arder.

Sorri. Ele também.
Acabei por o livro levar.
E o rapaz não voltei a encontrar.

Acabou

Perdida num bosque ando eu,
À tua procura,
No frio da vida...
O céu com uma nuvem como eu.

Pouco tempo depois,
Encontro uma casa à beira-mar.
Uma rapariga muito bonita,
A apanhar uma flor, 
Uma rosa!
Algo que me provocou muita dor.

Encostado a uma árvore 
Simplesmente estás tu.
A olhar para ela.
E o meu pequeno e medíocre coração
Entra numa imensa solidão.

Uma única palavra dela,
Capta-te toda a atenção...
Quando te cantei com todo o amor a minha canção,
Recebi um duro não.

A minha vida é como um barco,
Que se está prestes a afundar.
Agora até uma simples brisa de vento
Me faz cair ao mar.

Nem um adeus, um obrigado,
Por tudo o que te fiz.
Uma simples brisa na lua,
Far-me-ia mais feliz!

Ciúme, raiva,
Para quê isso sentir?
Aquela foi a fêmea
Que mais te fez sorrir!

Para além do mais,
Se o sentir,
Mais amargura me há-de cobrir.

Cabelo de carvão,
Olhos cor-do-mar,
Tudo isto para conquistar o teu coração.
Mas o meu amor por ti faz de tudo
Para feliz poderes ficar!

quinta-feira, 10 de maio de 2012

SEMPRE TUA (always yours)

   Uma vez, em pleno verão, fiquei deprimida, por razões que não irei revelar. Peguei na mala, nos phones e no MP3 e meti-me a caminho do jardim publico.
   Sentei-me num banco, a chorar. Meti The Pretender dos Foo Fighters a tocar. Cinco minutos depois, já eu a ouvir When I Fall In Love do Angélico Vieira, passa um grupo de rapazes, daqueles mesmo bonitos. Um deles, de olhos azuis e cabelo louro, olha para mim, e, rapidamente revira o olhar, começando-se a rir. Aí mudo o tema musical para Jar Of Hearts de Christina Perri, que tinha mais a ver com a situação e com o meu estado de espírito da altura.
   Cerca de dez minutos depois,  minha banda sonora estava em Airplanes de B.O.B e Hailey Williams. E é aí que passa um rapaz sozinho, com os seus caracóis negros e os seus olhos verdes, distantes, sós. É ao que se chama um verdadeiro 'FOREVER ALONE'. Como eu. Repara na minha miserável existência e aproxima-se de mim. Tira-me um phone do ouvido e coloca no seu correspondente. Fica comigo a ouvir o resto da música e ainda 21 Guns dos míticos Green Day. Quando começa She's No You, de Jesse McCartney, pergunta-me:
   - Estás bem? Precisas de ajuda par alguma coisa?
   - Está tudo bem, não te preocupes. Eu irei recuperar sozinha e perdida como sempre.
   Levantou-se e sorriu-me. Tentei fazer o mesmo, mas creio que não consegui. Ele seguiu seu caminho. E eu continuei deprimida, com o It's My Life, dos Bon Jovi.
   Nunca mais vi o loiro de olhos azuis nem o rapaz dos caracóis com os olhos cor-de-esmeralda.

Poeta, empresta-me um verso!

O cigarro é o Inferno.
Desamarra os laços inúteis.
Agora é o que vês...
Tenho tão pouco, quase nada para dar:
Por muito que tu insistas
No reino ingrato não encontrei ninguém.

Sentimentos ao vento

Onde há um coração amoroso,
Há um ciúme odioso.
Sinto o perfume de uma rosa cheirosa,
Nesta minha solidão dolorosa,
Numa lua sonhadora,
Com o mar azulado
E, sobretudo, com o céu estrelado!